A História do Reiki

Curso de Reiki Mestrado A Voz de Minerva

Reiki – o que é, sua história e reconhecimento no Brasil e no mundo.

O Reiki é uma forma de terapia alternativa que utiliza a imposição de mãos para transferir energia vital universal para o paciente, com o objetivo de promover o equilíbrio físico, emocional, mental e espiritual. O Reiki foi redescoberto no Japão no início do século XX pelo Shihan Master Mikao Usui, que afirmava ter recebido a revelação da técnica após um período de jejum e meditação em um monte sagrado.

Mikao Usui, nascido no Japão em 15 de agosto de 1865. Não possuímos registros oficiais, detalhados da sua história. Há controvérsias a respeito da vida do redescobridor do Reiki, sua história foi repassada oralmente de mestre a discípulo, permanecendo envolta em muito mistério. Alterações foram feitas com o passar dos anos, a fim de que o método fosse introduzido no Ocidente, principalmente no que concerne a sua formação profissional e sua religiosidade; entretanto, a essência que pode ser melhor descrita com uma lenda, é conhecida por ter sido repassada de geração a geração.

Mikao tornou-se um padre católico. Além de sacerdote cristão, lecionava e era reitor de uma pequena universidade cristã em Kyoto (Japão), a Doshima University.

Como a maioria dos seus professores haviam sido missionários americanos e os Estados Unidos eram um país predominantemente cristão, ele decidiu iniciar seus estudos na Universidade de Chicago, no seminário teológico, facilitado pelo intercâmbio cultural da dinastia Meigi.

Em 1898, Mikao viajou para os EUA onde estudou Teologia, cristianismo e a Bíblia e após sete anos de estudos doutorou-se em Teologia. Estudou línguas antigas para ler as antigas escrituras, inclusive o chinês e sânscrito, a mais antiga língua indiana. Depois desse longo período de estudos, não encontrando suas respostas, decidiu que deveria continuar suas pesquisas em algum outro lugar.

Naquele momento, atinou para o fato de que Gautama Buda (620 – 543 a.C.) também era conhecido por suas curas em cegos, em doenças como a tuberculose, a lepra, entre outras e resolveu, assim, retornar ao Japão a fim de pesquisar mais sobre as curas realizadas por Buda, na esperança de achar a chave da cura.

A base do budismo ficava em Nara, porém, em Kyoto, havia cerca de 880 templos e mosteiros, e até um templo Zen que possuía a maior biblioteca budista do Japão, onde poderia pesquisar as escritas nos Sutras sobre as curas de Buda.

Durante 7 anos, Mikao Usui peregrinou à procura das Antigas escrituras nas bibliotecas e de monastério em monastério. Entretanto, toda vez que se aproximavam abades budistas, dirigia-se a eles e perguntava se tinham conhecimento de alguma fórmula sobre as curas realizadas por Buda, tendo sempre recebido a resposta que, naquele momento, estavam muito ocupados com a cura do espírito para poder se preocupar com a cura do corpo. Depois de muitas tentativas, chegou a um monastério Zen e, pela primeira vez, foi encorajado por um velho abade que concordou que poderia ser possível curar o corpo como Buda já havia feito; e, ainda, que se havia sido possível uma vez, haveria a possibilidade de se descobrir novamente a fórmula da cura. Mas, informou-lhe que por muitos séculos, toda a concentração havia sido feita na cura do espírito.

Mikao decidiu que ia estudar os Sutras no Tibete, e já que dominava bem o sânscrito, viajou para a índia, e em uma de suas pesquisas num antigo manuscrito de um discípulo anônimo de Buda, em sânscrito, encontrou os 4 símbolos sagrados da fórmula usada por Buda para curar.

Os Sutras, escritos há a mais de 2.500 anos, acionavam uma energia poderosíssima que poderia levar a um ilimitado poder de cura; no entanto, uma simples fórmula, sem as explicações de como usar, e a devida capacidade de ativação, não lhe traziam a habilidade de curar.

Em 1908, no Japão, Mikao decidiu empreender um período de jejum e meditação de vinte e um dias, como faziam os antigos mestres, a fim de purificar-se para receber uma visão que o esclarecesse. Deixou então o mosteiro, e retirou-se no Monte Kurama, a montanha sagrada, localizada a aproximadamente 25km de Kyoto, levando os Sutras encontrados por ele no Tibete e, apenas, um cantil de pele de cabra com água e vinte e uma pedras que lhe serviram de calendário, lançando a cada dia uma pedra. Enquanto os dias passavam, Mikao, em absoluto jejum, sentado próximo a um pinheiro, ouvindo o som de um riacho, passou a meditar, orar, entoar cânticos, ler os Sutras e pedir ao Criador que lhe desse o discernimento necessário para o uso dos símbolos.

O jejum e a meditação ampliaram as fronteiras de sua consciência, e na madrugada do vigésimo primeiro dia, Mikao teve uma visão, onde vislumbrou uma intensa luz branca que o golpeou de frente, projetando-o para fora do corpo e, sentindo a consciência profunda em comunicação com o seu “Eu” mental, ao abrir totalmente sua consciência, pôde ele ver muitas luzes em formas de bolhas coloridas contendo em seu interior, símbolos sagrados, e, através da comunicação que estava recebendo , foi-lhe dada a compreensão dos significados e a utilização dos mesmos.

Naquele momento, Mikao recebia a sua iniciação, o conhecimento de como utilizar os símbolos e como ativar o poder em outras pessoas, resgatando assim o método milenar de terapia. Usui ensinou o Reiki a vários discípulos, que por sua vez difundiram a prática pelo mundo.

 

Mas o que é o Reiki?

O Reiki é baseado na crença de que existe uma energia vital universal (Ki) que flui através de todos os seres vivos e que pode ser canalizada pelos praticantes de Reiki através das mãos. Essa energia é entendida como a força que sustenta a vida e que pode ser afetada por fatores internos e externos, gerando desequilíbrios que podem se manifestar como doenças ou sofrimentos. O Reiki busca restaurar a harmonia dessa energia, atuando nos níveis físico, emocional, mental e espiritual do paciente.

O Reiki é praticado através da imposição das mãos do terapeuta sobre o corpo do paciente, seguindo um padrão de posições que cobrem os principais centros energéticos (chacras) e órgãos vitais. O terapeuta atua como um canal para a energia vital universal, que flui de forma inteligente e intuitiva para onde o paciente mais precisa. O paciente, por sua vez, deve estar relaxado e receptivo, permitindo que a energia faça o seu trabalho. O Reiki pode ser aplicado presencialmente ou à distância, dependendo do nível de iniciação do terapeuta.

O Reiki é dividido em três níveis de aprendizado e iniciação, que são transmitidos por um mestre habilitado. O primeiro nível (Shoden) ensina os princípios básicos do Reiki, as posições das mãos e a autoaplicação. O segundo nível (Okuden) ensina os símbolos sagrados do Reiki, que potencializam a energia e permitem o envio à distância. O terceiro nível (Shinpiden) ensina o símbolo mestre do Reiki, que confere a capacidade de iniciar outros praticantes. Cada nível requer um período de estudo, prática e purificação, além de uma cerimônia de iniciação (Reiju) realizada pelo mestre.

 

Reconhecimento com Terapia Complementar no Brasil e no Mundo

O Reiki é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde 1983 como uma terapia complementar, que pode auxiliar no tratamento de diversas condições de saúde, como câncer, diabetes, ansiedade, depressão, entre outras. No Brasil, o Reiki foi classificado como uma atividade de práticas integrativas em 2007, pelo Ministério do Planejamento e Gestão, e foi incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2017, como uma das ofertas de terapias alternativas disponíveis à população. O Reiki também é praticado em diversos hospitais e clínicas médicas, como uma forma de promover o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes e profissionais de saúde.

O Reiki é uma prática que visa o desenvolvimento integral do ser humano, respeitando a sua individualidade e liberdade. O Reiki não está vinculado a nenhuma religião ou doutrina, podendo ser praticado por pessoas de qualquer crença ou filosofia de vida. O Reiki é uma forma de amor incondicional, que busca a harmonia entre o corpo, a mente, o espírito e o universo.

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